Mesmo assistindo e lendo sobre o tema Holocausto, muitos não entendem como o povo alemão pode massacrar a sangue frio seus compatriotas judeus. Todos concordam que o "sangue frio" na verdade derivou de um sentimento de ódio contra os judeus que se alastrou na povo. Mas como se deu isso? Eu também não entendia até ver nascer no Brasil o que eu chamo de "Ódio Midiático", ou seja, o ódio propagado por redes coletivas de comunicação. Lancemos um olhar sobre o que ocorria na mídia na Alemanha Nazista. Praticamente uma revolução no jeito de se comunicar: Propagandas via novidades como o cinema e televisão. O primeiro serviço de alta definição de TV apareceu na Alemanha em março de 1935. Uma das primeiras grandes transmissões de televisão foi a dos Jogos Olímpicos de Berlim de 1936... Armado com essas novidades a ideologia nazista conseguiu promover a lavagem cerebral coletiva na Alemanha, insuflando o ódio contra os judeus. Basicamente, colocando a culpa nos alemães judeus pelos fracassos individuais e coletivo do povo.
Situação similar ocorre agora no Brasil: Com o advento das redes sociais virtuais, nunca a informação, os sentimentos, opiniões e principalmente propaganda ideológica e ódio puderam ser transmitidos com tanta rapidez para tanta gente. Mas baseado em que e contra quem é esse ódio?
Baseado em preconceitos, como na Alemanha, irracionais, sem fundamentos na realidade. O primeiro é o preconceito do fracasso nacional; falso porque o Brasil tem hoje hoje uma das menores taxas de desemprego de sua história e do mundo, com uma inflação ainda baixa, sem contar os dados de inclusão social, o que não se pode chamar de caos econômico. Depois vem o preconceito de que a corrupção é uma criação do atual governo federal e nunca foi tão grande (basta conhecer um pouco da história do país entre 94 e 2002 , ou ter memória para saber que é falso). O preconceito de que a criminalidade atual é culpa da maioridade penal, que seria apoiada pelo atual governo.O preconceito contra o Bolsa Família, que incentivaria a vagabundagem; o preconceito contra contra gays, que estariam destruindo a sagrada família brasileira; o preconceito de que as cotas raciais vão privilegiar o negro em detrimento do branco; contra nordestinos eleitores e contra outras minorias. Então, esse ódio aparentemente pulverizado foi condensado numa única baba raivosa contra um único sujeito: O PT/Petista, o judeu da vez.
Temo o que possa ocorrer nos próximos anos se o PT ganhar de novo as eleições presidenciais... Porque independemente do país ir bem ou mal, o círculo vicioso e viciante do ódio já está instaurado e circulando... Veja o que acontece em São Paulo: Num momento em que foi descoberto o mais antigo esquema de corrupção instalado no país: O Cartel do Metrô, que data do governo Mário Covas de 1995, no momento que parte do Estado encontra-se desabastecida de água por falta de planejamento e má gestão no Apagão Hídrico (fato similar ao do Apagão energético de FHC), o eleitorado conservador do Estado, cegamente, deu mais um mandato ao PSDB, levando-o a 24 anos de poder, como se São Paulo fosse uma capitania hereditária. Curiosamente, em São Paulo, ocorre o maior número de ações violentas contra gays, negros, menores infratores, nordestinos(quem não se lembra dos Carecas do ABC?), mesmo ela sendo a maior cidade nordestina.
O ódio é cego. E o que poderá ocorrer no país nos próximos quatro anos numa eventual vitória do PT no país? Milícias armadas atacando petistas, gays, nordestinos, negros nas ruas, tal qual a SS nazista? Mas o Brasil é o país do Homem Cordial, segundo o antropólogo Sérgio Buarque... Antes que isso aconteça, caso Dilma ganhe, acho que não levará. Os grandes empresários, incluindo a mídia e seus teleguiados a tirarão, se não conseguirem nas urnas, conseguirão por outros meios...
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